Reforma tributária deve enfrentar dificuldades no Senado, diz Tebet

Ministra do Planejamento prevê aprovação apenas no fim do ano

Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, durante apresentação do arcabouço fiscal
Foto: José Cruz/ Agência Brasil - 30/03/2023
Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, durante apresentação do arcabouço fiscal

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta terça-feira (30) que a reforma tributária deve enfrentar dificuldades no Senado, com isso, seria aprovada apenas no final do ano. 

Ela disse que a reforma será a prioridade do governo assim que terminar a tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso.

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"Nunca esteve tão maduro para votar. A gente vai ter um pouco mais de dificuldade no Senado. Por isso eu ouso dizer que a reforma pode sim ser aprovada na Câmara no meio deste ano e vai levar o semestre inteiro no Senado Federal", disse em debate promovido pelo jornal O GLOBO.

A ministra elogiou o novo marco fiscal, mas brincou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, jogou uma "granada sem pino" no colo, por conta das metas do texto. 

"As metas do arcabouço são audaciosas, um desafio, mas são críveis e estamos no ministério do Planejamento para ajudar", disse Tebet.

Tebet também negou que o marco fiscal deixe margem para negociação, mas aprovou as medidas incluídas pelo relator Cláudio Cajado, na Câmara dos Deputados. 

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, também participou do painel e corroborou a fala da ministra, negando qualquer "gordura" fiscal no Orçamento.

"A verdade é que, do jeito que está a regra, a coisa está muito mais apertada do que parece. Isso vai vir à luz do sol rápido e as pessoas vão entender que o tema que vamos ter que enfrentar é outro. É se estamos dispostos a espremer educação, saúde, que são prioritários para o nosso país", afirmou. "O problema é de outra natureza, de quão apertado e desafiador está esse orçamento. A nossa dificuldade vai ser quão os desafios da dor vai ser 2023 para 2024", completou.