O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) afirmou que irá reanalisar o pedido da Petrobras para exploração de petróleo na bacia da foz do Amazonas.
A Petrobras reapresentou o pedido na última quinta-feira (25), após o Ibama ter negado a exploração por entender que, no pedido, não havia garantias de proteção e atendimentos à fauna.
"O Ibama informa que recebeu nesta quinta-feira (25/05) a reapresentação de Pedido de Expedição de licença ambiental para atividade de perfuração marítima no Bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial Brasileira, pela Petrobras", diz o Ibama através de nota na sexta-feira (26).
"O Instituto vai analisar novamente a proposta e discutir tecnicamente as alterações apresentadas no novo pedido", acrescenta a entidade na nota.
Na última semana, o instituto indeferiu o bloco FZA-M-59. O processo de licenciamento ambiental foi iniciado em 4 de abril de 2014, a pedido da BP Energy do Brasil, empresa originalmente responsável pelo projeto. Em dezembro de 2020, a Petrobras passou a ser responsável pelos direitos de exploração de petróleo no bloco.
Ao negar a licença, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, disse que não faltaram oportunidades para a empresa sanar pontos críticos do projeto.
“A ausência de AAAS dificulta expressivamente a manifestação a respeito da viabilidade ambiental da atividade, considerando que não foram realizados estudos que avaliassem a aptidão das áreas, bem como a adequabilidade da região, de notória sensibilidade socioambiental, para a instalação da cadeia produtiva do petróleo”, disse Agostinho.