Petrobras não repassará oscilações aos consumidores, diz Prates

Presidente da estatal reforça que repasses não serão automáticos

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, discursando na Bahia
Foto: Reprodução/Twitter - 12/03/2023
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, discursando na Bahia

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, detalhou nesta quarta-feira (17) que  a nova estratégia comercial da empresa não prevê repasses imediatos aos consumidores quando houverem oscilações no preço do petróleo. 

Segundo ele, haverá um intervalo entre dois limitadores: o custo para o cliente e a vantagem econômica para a companhia. Com isso, a companhia conseguirá amortecer a volatilidade do mercado sem impacto ao consumidor final. 

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Na última terça-feira (16), a Petrobras anunciou que irá adotar uma nova política para definição do preço dos combustíveis, abandonando o Preço em Paridade de Importação (PPI) como única referência, como é feito desde 2016. 

Pates reforçou, no entanto, que os preços no mercado externo seguirão sendo uma das referências. Na visão dele, a estatal ganha mais flexibilidade para negociar valores com a nova política. 

"Os importadores e as refinarias privadas serão obrigadas a concorrer com um player brasileiro, que possui refinarias no País e sabem utilizar a logística de forma cooperativa, e não de forma competitiva e predatória entre si. A Petrobras tem a melhor estrutura e foi construída com foco em oferecer a melhor alternativa para o cliente final. Essa é a nova política, a melhor alternativa para o cliente", afirmou Prates em entrevista para a GloboNews. 

Ele declarou ainda que se os preços se consolidarem em patamar mais alto, não haverá hesitação em repassar o aumento aos consumidores. 

Prates mencionou que a nova estratégia é transparente a despeito de críticas de setores do mercado que se queixaram de critérios pouco claros adotados pela companhia.

"A diferença com esse novo modelo é que será permitido, em caso de uma oscilação de dois dias, que a Petrobras possa absorver mudanças tanto se os preços forem para cima, quanto para baixo. Para a economia brasileira e o cidadão brasileiro, haverá uma não volatilidade, diferente do que tivemos no ano inaugural da paridade de preços de importação", disse.