Salário: Haddad diz que aumento é 'pequeníssimo', mas é 'algum alento'

Em audiência no Senado, o ministro defendeu que a economia brasileira está se recompondo, e voltou a falar sobre o fim das renúncias fiscais

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência no Senado
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil - 27/04/2023
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência no Senado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (27), em audiência no Senado Federal , que o aumento real do salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320, que entrará em vigor no dia 1º de maio, é "pequeníssimo", mas já representa avanço diante do congelamento dos anos anteriores.

Nos últimos três anos, o salário mínimo foi corrigido apenas pela inflação do ano anterior. Isso significa que não houve ganho real no valor, mas que apenas o poder de compra foi mantido.

"Teremos um 1º de maio com algum alento. Pequeníssimo ainda, mas algum alento", disse Haddad, apontando que a economia brasileira está se recompondo. O ministro participou, ao lado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, de audiência sobre a taxa de juros, a inflação e o crescimento econômico do Brasil.

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Em sua fala, Haddad voltou a criticar as renúncias fiscais, tema que vem prometendo abrir a "caixa-preta" . A pauta recebeu o apoio de Tebet e Campos Neto.

Haddad disse que "se determinados parafusos forem apertados, nós temos a grande possibilidade de fazer esse país crescer", referindo-se ao fim de renúncias fiscais a determinados setores da economia.

O ministro disse acreditar que as renúncias fiscais são ainda maiores do que as que constam no Orçamento. "Tem muita coisa que está para ser votada aqui [no Congresso Nacional] que vai representar um ganho de eficiência para a economia", disse.

Segundo Haddad, se as renúncias fiscais forem resolvidas, não deve haver "stress" no crescimento econômico. "Não vejo razão para não dar boa notícia para o povo brasileiro de que ele vai ter o atendimento daquilo que é seu direito constitucional, e isso não tem por que comprometer a rigidez das contas públicas brasileiras", afirmou.