O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desautorizou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, no que diz respeito à mudança na política de preços da Petrobras. Lula disse que foi "pego de surpresa" pelas declarações de Silveira de que acabaria com a política da estatal baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI).
Depois do anúncio de Silveira, feito nesta quarta-feira (5), a Petrobras emitiu nota afirmando que "não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia a respeito da alteração da Política de Preços".
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Nesta quinta-feira (6), Lula falou que o tema só será discutido quando ele decidir. "A política de preços da Petrobras será discutida pelo governo no momento em que o presidente da República convocar o governo para discutir a política de preços. Enquanto o presidente da República não convocar o governo para discutir política de preços, a gente não vai mudar o que está funcionando hoje", declarou Lula, em café da manhã com jornalistas.
"Nós vamos mudar, mas com muito critério, porque durante a campanha eu disse que era preciso abrasileirar o preço da gasolina e o preço do óleo diesel. O Brasil não tem por que estar submetido ao PPI. Mas esse é um problema que nós vamos discutir no momento certo", completou o presidente.
Depois da nota emitida pela Petrobras, Silveira chegou a voltar atrás do anúncio do fim do PPI, mas disse que o governo vai discutir o tema. "O que eu disse é que, na assembleia geral, que será feita dia 27, com o novo conselho definido, tanto o Conselho de Administração quanto o Conselho Fiscal, o governo federal, como acionista majoritário, e como controlador da Petrobras, vai, sim, discutir qual será a melhor política de preços, para a Petrobras cumprir sua função social, que está na Constituição, está na Lei das Estatais", afirmou o ministro.