O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou nesta terça-feira (21) a taxa básica de juros, a Selic , como "exageradamente elevada", e afirmou que há espaço para cortes. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela alíquota, começa a reunião hoje sobre a nova taxa, que será divulgada nesta quarta-feira (22). Hoje, a Selic é de 13,75% ao ano.
"O Brasil está em uma situação favorável em relação aos seus vizinhos e ao resto do mundo. Nós não temos problemas geopolíticos, como a Ásia e a Europa, nossa inflação está mais controlada que nos resto do mundo. Nossa taxa de juros está exageradamente elevada, o que significa espaço para cortes, num momento em que a economia brasileira pode e deve decolar", disse Haddad em seminário do BNDES.
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O evento do banco de desenvolvimento se tornou palco de críticas ao Banco Central.
"Não temos por que temer, no Brasil, tomar as decisões corretas, tanto do ponto de vista do arcabouço fiscal quanto do pontos de vista monetário", disse o ministro.
O Copom se reúne a cada 45 dias para determinar o índice. Deste vez, ainda mais pressionado, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também voltou a criticar o BC sobre a taxa básica de juros .
“É irresponsabilidade do Banco Central manter a taxa de juros a 13,75%”, afirmou o presidente em entrevista ao site Brasil 247. “Eu vou continuar batendo, vou continuar tentando brigar para que a gente possa reduzir a taxa de juros para que a economia possa voltar a ter investimento”, completou.
A Selic está no maior patamar desde novembro de 2016, quando o índice estava em 14% ao ano.