O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, informou nesta quarta-feira (1º) que 700 mil famílias que estavam fora do Bolsa Família serão incluídas após a reformulação prevista para esta quinta-feria (2). Esses beneficiários irão entrar no lugar dos que deixarão de receber a transferência de renda devido a irregularidades no cadastro.
"Pessoas sem direito vão sair. Pessoas que têm direito e estavam passando fome vão entrar. Entrada de 700 mil famílias que tinham direito e não estavam [no programa]", afirmou Dias.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG
Nesta quinta, às 11h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai assinar a medida provisória que irá criar o 'novo Bolsa Família'. Entre as novidades, então:
- pelo menos R$ 600 por família
- R$ 150 adicionais para cada criança de até 6 anos
- R$ 50 adicionais para crianças com mais de 7 anos e jovens com menos de 18
A partir do dia 20 de março, o programa já depositará os novos valores.
"Dia 20 de março nós teremos o pagamento, na abertura do calendário, do pagamento do Bolsa Família já com as novas regras", disse Dias.
Com o novo desenho do programa assistencial, a ideia do ministro é que a renda per capita, ou seja, por pessoa atendida pelo Bolsa Família, seja de pelo menos R$ 142.
"Esse valor, que é a renda básica, leva em conta o custo de alimentação, o custo daquilo que são necessidades básicas da pessoa humana no Brasil, no padrão brasileiro", explicou o ministro.
O impacto do programa no Orçamento federal de 2023 deve ser de R$ 175 bilhões.
Lula comemorou a volta do programa na s redes sociais. Segundo ele, com a reformulação do programa, "teremos outra vez uma política completa de combate à desigualdade".
"O Bolsa Família voltou! Hoje assino a medida que retoma o maior, mais sério e bem sucedido programa de combate à fome e miséria da história do Brasil. Com mínimo de R$ 600 por família, como prometemos na campanha, mais R$ 150 por criança até 6 anos", publicou nas redes sociais.
"Com o Bolsa Família, teremos outra vez uma política completa de combate à desigualdade, com condicionantes que são estratégicas para melhorar a vida do povo, como exigência da frequência escolar, acompanhamento pré-Natal e vacinação. Vamos, de novo, combater a fome", completa.
O ministro Wellington Dias também comemorou o retorno do programa.
"É hoje! Começo o dia com a felicidade de ver o Bolsa Família retornando aos brasileiros. Foram dois meses intensos de estudos e debates, para que pudéssemos retomar o programa com responsabilidade e principalmente focando em quem mais precisa."