Os mercados brasileiros apresentaram uma alta nos principais itens de café da manhã em quase todos os estados do país. Itens como café, leite, pão e ovo apresentaram uma alta de até 36% nos últimos 12 meses.
De acordo com dados levantados pelo IBGE, o café puro teve uma alta de 14% em São Paulo, com preços variando entre R$ 4,00 a R$ 8,50. Já no Rio de Janeiro, o café expresso teve uma variação de 60%. No local mais barato foi encontrado por R$ 5,00 a R$ 8,00.
Produtos como o leite e a manteiga também registraram altas durante o período. Na capital fluminense, o leite aumentou 36%, e a manteiga teve aumento de 29,1% em Recife.
O clássico pão de queijo não ficou livre dos impactos da inflação. Na capital de Minas Gerais, o produto teve um aumento de 24% em seu preço. Já em Vitória, no Espírito Santo, o preço do ovo subiu 28% , o queijo 32% e o bolo 29%.
Segundo informações coletadas pela empresa de monitoramento de consumo, Hibou, seis a cada dez brasileiros consomem café da manhã fora de casa. O aumento dos preços impacta diretamente os trabalhadores. Hoje, 35% dos entrevistados consideram a refeição como essencial, porém não a consideram ideal.
Para Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa de especializada no comércio exterior, "a alta dos ingredientes que compõem o café da manhã tem uma relação direta com a variação cambial e a elevação dos preços internacionais".
Ele também afirma que isso vai além dos produtos agrícolas e passa pelos fertilizantes e pelo custeio logístico das operações: "Além disso, a escassez de alguns produtos, como o leite e o ovo, em países de fora, tem contribuído para o aumento nos preços em todo o país", completou.
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