É FAKE que Lula não reajustará salário mínimo por considerar 'gasto'

Notícia foi publicada por deputado carioca, que faz comparação com o auxílio-reclusão, benefício dado a presos

Lula prometeu reajustar salário mínimo e discute com equipe econômica aumento para R$ 1.320
Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Lula prometeu reajustar salário mínimo e discute com equipe econômica aumento para R$ 1.320

Circula pelas redes sociais uma notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou o  reajuste do salário mínimo por considerar 'gasto' maior para a União. A notícia, que traz uma foto do portal G1 , é FALSA.

A informação foi publicada pelo deputado Alexandre Freitas (Podemos), que atua na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O parlamentar fez associação sobre o valor do salário mínimo praticado atualmente de R$ 1.212 - valor, inclusive, publicado de forma errada - com o auxílio-reclusão, benefício dado a detentos, de R$ 1.754.

Atualmente, o salário mínimo no Brasil é de R$ 1.302. A medida foi sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em dezembro. O valor de R$ 1.754 é, na verdade, uma atualização feita pelo INSS em 2022, ainda no governo Bolsonaro, que se refere ao valor máximo que as famílias de presos devem ter como renda total para terem direito a receber o auxílio-reclusão de um salário mínimo.

Na campanha eleitoral, Lula prometeu reajustar o salário mínimo para R$ 1.320. Essa seria a primeira vez em cinco anos com aumento real na base salarial.

O Ministério Fazenda estava disposto a colocar o valor em prática ainda em janeiro, mas encontrou um déficit nas contas públicas maior que o previsto e afirmou que precisaria de mais R$ 2 bilhões para fornecer o benefício. O ministro Fernando Haddad chegou a evitar dar prazos para o reajuste do salário mínimo.

Nesta segunda-feira (16), centrais sindicais se reuniram com Lula para debater o aumento salarial . O grupo pede R$ 1.342 de salário mínimo ainda neste ano.

Lula e equipe tentam convencer os dirigentes sindicais a debaterem mais para dar um reajuste maior que o previsto. Uma nova reunião com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, está marcada para quinta-feira (19).