O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça-feira (10) o resultado do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 2022, que acumulou alta de 5,93%. O indicador é utilizado pela Previdência social para calcular o reajuste das aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo a legislação, as aposentadorias acima do salário mínimo são corrigidas de acordo com o INPC, assim como o teto de pagamentos. Portanto, o valor máximo que um aposentado receberá pelo INSS subirá de R$ 7.087,22 em 2022 para R$ 7.507,49 em 2023.
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O aumento também vale para benefícios por incapacidade, como auxílio-doença, e será aplicado integralmente a todos aqueles que já estavam recebendo seus pagamentos em 1º de janeiro de 2022.
Ao todo, 37 milhões de segurados recebem algum benefício do INSS.
É esperado que o Ministério da Previdência divulgue os percentuais oficiais de reajuste nos próximos dias, assim como a pasta d Fazenda deve publicar o decreto que fixa o salário mínimo em R$ 1.320.
Os valores reajustados são pagos a partir de fevereiro, já que estes são referentes ao mês de janeiro.
A Previdência paga os benefícios de acordo com o valor, na seguinte ordem: primeiro para quem ganha o salário mínimo, na última semana do mês. Depois, o INSS passa a fazer as liberações para aqueles com renda acima de um salário mínimo, na primeira semana do mês.
Os pagamentos seguem o número final do benefício (NB), que tem 10 dígitos e aparece no seguinte formato: 999.999.99 9 -9. É preciso considerar o penúltimo algarismo (o que vem antes do dígito).
Confira o calendário
O salário mínimo também considera o índice para o reajuste, mas, neste ano, o governo pagará R$ 1.320 como piso, devido ao aumento real proporcionado pela PEC de Transição. Este também será o valor mínimo para aposentadorias.
A taxa foi superior ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, considerado a inflação oficial do país, que acumulou alta de 5,79% no último ano.
INPC sobe 0,69% em dezembro e fecha o ano em 5,93%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,69% em dezembro, 0,31 p.p. acima do resultado observado em novembro (0,38%). Em dezembro de 2021, a taxa foi de 0,73%. Em 2022 o INPC fechou o ano com alta de 5,93%, abaixo dos 10,16% registrados em 2021.
Os destaques foram os alimentícios, que tiveram alta de 11,91%, enquanto os não alimentícios variaram 4,08%. Em 2021, o grupo Alimentação e bebidas havia apresentado variação de 7,71% e, os não alimentícios, de 10,93%.
Em relação aos índices regionais, a maior taxa ficou com a região metropolitana de São Paulo (7,22%), especialmente por conta das altas do emplacamento e licença (23,66%), e do aluguel residencial (10,48%). A menor variação ocorreu na região metropolitana de Porto Alegre (3,05%), cujo resultado foi influenciado pelo recuo nos preços da gasolina (-30,90%) e da energia elétrica residencial (-32,79%).