Desenrola: o que se sabe sobre o novo programa de renegociar dívidas?

Promessa de campanha do presidente Lula, o governo começa a se movimentar para criar um programa de renegociação de dívidas. Veja o que se sabe até agora →

Endividamento atinge 78,9% das famílias brasileiras, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

As famílias inadimplentes, ou seja, com dívidas em atraso, somavam 30,3% em novembro deste ano, mesmo patamar do mês anterior, mas acima dos 26,1% de novembro de 2021. Já as famílias que não terão condições de pagar suas contas subiram para 10,9%, acima dos 10,6% de outubro e dos 10,1% de novembro do ano passado.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (3) que vai apresentar ao presidente Lula o programa ainda em janeiro

O ministro disse que o secretário-executivo, Gabriel Galípolo, está tratando do tema e que inicialmente o programa deve contar com bancos públicos, como Caixa e Banco do Brasil.

Reprodução YouTube

Haddad disse ainda que o programa deverá abarcar também pequenas empresas.

"Devemos ter uma ação para pequenas empresas também. Em janeiro, programa para endividados será para pessoa física, mas haverá linhas para pessoa jurídica", disse o ministro, em entrevista ao site "Brasil 247".

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Entre as pessoas físicas, o governo promete renegociar as dívidas adquiridas com o empréstimo consignado oferecido pelo Auxílio Brasil em 2022,

De acordo com o ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a estimativa é de que sejam atendidas 80 milhões de pessoas inadimplentes, sendo cerca de 3,5 milhões de pessoas endividadas com o consignado e que recebem o Auxílio Brasil. As dívidas somam R$ 9,5 bilhões.

Valter Campanato/Agência Brasil

Segundo o ministro Wllington Dias, o novo programa será desenvolvido em parceria com outros ministérios.

“É grave o problema dos endividados do Auxílio Brasil ou do Bolsa Família, o chamado consignado. Primeiro, já do ponto de vista da própria legalidade. O programa foi usado, no período de eleição, com objetivos claramente eleitorais. O presidente Lula já demonstrou sensibilidade com o tema desde a campanha”, disse.

Divulgação

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Divulgação

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Lorena Amaro

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