O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse nesta terça-feira (3) que o governo avançará com propostas de reforma tributária que já tramitam no Legislativo. Segundo o parlamentar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trata o tema como prioridade.
A decisão foi tomada após reunião com o secretário de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O governo pretende reavaliar as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 45 e a 110, que tratam do tema.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG
"Seria desrespeito desconsiderar o que foi feito", disse Randolfe.
A PEC 45 foi elaborada pelo economista Bernard Appy, que hoje comanda a secretaria especial de reforma tributária no Ministério da Fazenda.
O texto foi apresentado pelo presidente do MDB, o deputado Baleia Rossi (SP), e relatado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Partes do que foi proposto foi incorporado à PEC 110, relatada pelo senador Roberto Rocha (PTB-MA).
Randolfe disse também que o PT terá dificuldades em articular a aprovação das medidas provisórias enviadas por Lula no início do mandato, como a que prevê a desoneração dos impostos federais sobre os combustíveis e sobre o gás de cozinha.
Para a gasolina e o etanol, fica suspensa a cobrança do imposto até 28 de fevereiro, já para o diesel e para o gás de cozinha, é válida por um ano. O governo não divulgou o impacto da desoneração na receita.
As MPs têm validade de 60 dias, podendo ser renovadas por mais 60, até serem aprovadas, ou não, pelo parlamento.
"Nós prorrogamos a desoneração. Para conquistar outras sustentabilidades, tem de ter a sustentabilidade política que vem do povo", afirmou Randolfe.