O futuro ministro de Minas e Energia
, Alexandre Silveira (PSD), afirmou nesta quinta-feira (29) que há uma "bomba armada" na pasta, se referindo a cerca de R$ 500 bilhões em dívida no setor, herança da atual gestão.
O valor foi estimado por cálculos feitos pelo governo de transição e se refere a empréstimos feitos ao setor elétrico durante a pandemia de Covid-19 e a crise energética de 2021, à contratação emergencial de termelétricas e a contrapartidas da privatização da Eletrobras. A conta deve ser paga pelos consumidores através de tarifas ao longo dos anos.
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"Na questão da energia elétrica, temos uma bomba armada que é a questão do deficit deixado pelo atual governo. Com cuidado e parcimônia, considerando que é um ministério regulador, precisaremos dar segurança jurídica, previsibilidade, segurança de contrato para atrair investimento e continuar desenvolvendo o setor energético nacional e diminuir o preço das tarifas, principalmente para a parcela mais pobre", afirmou Silveira.
O futuro ministro acrescentou que o presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou a montagem de uma equipe técnica para as áreas de transição energética e combustíveis.
"Um dos objetivos nossos no ministério é que a energia elétrica e combustíveis cada vez menos sejam fatores de impacto direto na inflação, para criarmos estabilidade e o país consequentemente poder crescer com foco em geração de oportunidade e combate de desigualdades", disse Silveira.