Brasil tem o menor número de desempregados desde 2015, aponta IBGE

A melhora no índice se torna ainda mais evidente quando se compara com o mesmo trimestre de 2021

Brasil tem diminuição no número de desempregados segundo o IBGE
Foto: Divulgação
Brasil tem diminuição no número de desempregados segundo o IBGE

*Conteúdo produzido pelo contribuidor Ignacio Aglietti

O desemprego é um problema grave não só para o indivíduo, mas também em um contexto social amplo e que pode ter um impacto muito negativo na economia de um país. O número de cidadãos desempregados tende a variar com o passar dos anos, no entanto, a situação costuma se agravar durante as grandes crises financeiras, como foi o caso da recente crise sanitária durante a pandemia da Covid-19, que afetou negativamente vários setores da
economia global.


Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) obtidos através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apontam que a taxa de desemprego no Brasil registrou uma nova queda no trimestre entre os meses de julho e setembro de 2022 e agora é de 8,7% . No trimestre anterior, de abril a junho, o desemprego no país era de 9,3%. A melhora no índice se torna ainda mais evidente quando se compara com o mesmo trimestre de 2021. Em cenário de pandemia, entre julho e setembro do ano passado, o desemprego no Brasil atingia o patamar de 12,6%, 3,9 pontos percentuais a mais que a taxa atual.


Esse avanço mostra que, mesmo longe do número ideal de trabalhadores formais, o Brasil teveum bom avanço na recuperação e  criação de novos empregos no setor privado. A taxa de desemprego nos Estados Unidos, por exemplo, está atualmente em seu nível mais alto desde a Grande Depressão da década de 1930.


Impactos do desemprego na economia


O aumento na taxa de desempregados, que historicamente se agrava em períodos de recessão e incertezas, pode causar um efeito profundo na economia, uma vez que as empresas, sobrecarregadas, acabam tendo a necessidade de demitir funcionários e os trabalhadores, desempregados, passam a ter menos dinheiro para gastar, o que reduz a demanda por bens e serviços e leva à perda de mais empregos, funcionando como uma bola de neve.


Na economia de um país, este efeito também pode ser sentido por todos, uma vez que, com um índice de desemprego maior, o governo precisa gastar mais dinheiro em programas sociais de assistência que servem para ajudar pessoas que estão com a renda comprometida. Esta medida pode acabar inchando o orçamento do país e levar a cortes de investimentos em outras áreas importantes, causando um desequilíbrio econômico.

Altas taxas de desemprego também costumam elevar a dívida acumulada da população como um todo. Isso pelo fato de que, mesmo sem trabalho e renda, o cidadão ainda tem a obrigação de sustentar a casa, comprar alimentos e cuidar da saúde. Com isso, o desempregado recorre ao empréstimo pessoal , no entanto, não tem condições financeiras para arcar com as parcelas.

A melhor maneira de reduzir o desemprego em um país é incentivar o crescimento econômico de forma geral. Esse incentivo pode ser feito por meio de cortes de impostos, investimentos em infraestrutura, educação e outras soluções que estimulem a demanda. No entanto, é preciso um certo tempo para que essas medidas tenham efeito direto sobre a taxa de desemprego. Com isso, é importante dar apoio aos que estão desempregados e dar condições para que eles possam encontrar novos caminhos.

*Conteúdo em colaboração com o Soporte Digital.