Mantega diz que não será ministro no novo governo de Lula

Economista afirma que escolhido terá que 'se enquadrar' na gestão do petista

Ex-ministro da Fazenda Guido Mantega
Foto: Antonio Araújo/ Câmara dos Deputados - 27.10.15
Ex-ministro da Fazenda Guido Mantega

O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento nos governos anteriores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Guido Mantega , afirmou nesta sexta-feira (11) que não será ministro do próximo governo do petista . O economista  integra o grupo de trabalho da transição na área de planejamento, orçamento e gestão.

"É claro que poderão ser escolhidas pessoas que estão lá, mas eu por exemplo não serei ministro. Já estou indicando. Já fui ministro do Planejamento, da Fazenda, e não pretendo ser mais ministro. Eu saio dessa vanguarda e fico na retaguarda, ajudando com conselhos e tudo mais", disse.

Ele também minimizou a pressa do mercado pela definição dos ministros da pasta e afirmou que "o mais importante não é definir o ministro, mas é definir a política econômica."

Mantega indicou que ministro da Economia terá que se enquadrar na política definida pelo governo e pelo Lula e disse que os aliados da Frente Ampla darão opinião, como uma política econômica da "coalização".

"Eu falei do governo. É uma política econômica do governo. Nesse caso, é um governo de coalização, tem que refletir as opiniões dos outros participantes", afirmou.


O ex-ministro disse que Lula "sempre entendeu de economia" e destacou que o que precisa ser cobrado são os "detalhes" de como será a política econômica do governo.

Mantega sugeriu que o mercado ficasse "tranquilo", porque os governos Lula foram responsáveis fiscalmente e confirmou que entrou em contato com autoridades econômicas de países das Américas para pedir o adiamento da eleição do novo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O motivo alegado foi contestar a indicação do economista e ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn, pelo governo Jair Bolsonaro, para a presidência da instituição.

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