O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento nos governos anteriores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Guido Mantega , afirmou nesta sexta-feira (11) que não será ministro do próximo governo do petista . O economista integra o grupo de trabalho da transição na área de planejamento, orçamento e gestão.
"É claro que poderão ser escolhidas pessoas que estão lá, mas eu por exemplo não serei ministro. Já estou indicando. Já fui ministro do Planejamento, da Fazenda, e não pretendo ser mais ministro. Eu saio dessa vanguarda e fico na retaguarda, ajudando com conselhos e tudo mais", disse.
Ele também minimizou a pressa do mercado pela definição dos ministros da pasta e afirmou que "o mais importante não é definir o ministro, mas é definir a política econômica."
Mantega indicou que ministro da Economia terá que se enquadrar na política definida pelo governo e pelo Lula e disse que os aliados da Frente Ampla darão opinião, como uma política econômica da "coalização".
"Eu falei do governo. É uma política econômica do governo. Nesse caso, é um governo de coalização, tem que refletir as opiniões dos outros participantes", afirmou.
O ex-ministro disse que Lula "sempre entendeu de economia" e destacou que o que precisa ser cobrado são os "detalhes" de como será a política econômica do governo.
Mantega sugeriu que o mercado ficasse "tranquilo", porque os governos Lula foram responsáveis fiscalmente e confirmou que entrou em contato com autoridades econômicas de países das Américas para pedir o adiamento da eleição do novo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O motivo alegado foi contestar a indicação do economista e ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn, pelo governo Jair Bolsonaro, para a presidência da instituição.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG