O mercado financeiro reajustou a prévia da inflação deste ano pela segunda vez em duas semanas após as incertezas sobre a manutenção de preços depois da paralisação de caminhoneiros na última semana. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (7), a inflação deste ano deve fechar a 5,63%, alta de 0,02 ponto percentual se comparado a pesquisa da última semana.
Mesmo com o reajuste, o índice ainda está abaixo se comparado há quatro semanas, quando a inflação estava prevista 5,71%. Para os próximos anos, o Focus prevê estabilidade inflacionária e deverá cair para 4,94% no próximo ano, além de manter as quedas em 2024 (3,5%) e 2025 (3%).
O mercado ainda prevê o Produto Interno Bruto (PIB) do país estável e o Brasil deve crescer 2,76% neste ano, índice parecido com a previsão do Ministério da Economia. Para 2023, porém, o Boletim Focus traz um reajuste de 0,06 ponto percentual e o PIB deve subir 0,70% no próximo ano. Em 2024 e 2025, os analistas ainda acreditam em crescimento de 1,8% e 2%, respectivamente.
Em forte volatilidade desde a semana passada, o dólar deve fechar o ano a R$ 5,20. O valor mantém a estabilidade de previsão da última pesquisa, mesmo com a moeda norte-americana atingindo R$ 5,06 na última sexta-feira (4).
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O valor do câmbio deve se manter no próximo ano e só cair em 2024, quando o dólar deve estar cotado a R$ 5,10. Em 2025, entretanto, há previsão de alta do valor para R$ 5,18.
O Boletim Focus ainda prevê estabilidade nas projeções para a taxa básica de juros para os próximos anos. Para o mercado financeiro, o Banco Central deve manter a Selic em 13,75% na última reunião do ano, marcada para dezembro.
A taxa só deve começar a cair na metade do ano que vem, quando deverá encerrar em 11,25%. Em 2024, a Selic deve cair mais 3,25 pontos percentuais e atingir 8%. O índice deve se manter estável no ano seguinte, contrariando as últimas pesquisas que previam os juros em 7,75% para 2025.