O Brasil tem o segundo menor salário mínimo de uma lista de 31 países feita pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) , a frente apenas do México.
O ranking contém dados de 2021 sobre a remuneração dos trabalhadores no mundo e é composto nações que integram a OCDE, mais o Brasil e a Rússia. A lista tradiconalmente tem 32 países, porém a deste ano não considerou o Japão.
O salário mínimo no Brasil é de R$ 1.212, valor pouco acima do que os R$ 1.100 estabelecidos no período considerado para a pesquisa no ano passado.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalha em um plano para reformular o teto de gastos e frear o crescimento de despesas que pressionam o Orçamento, como benefícios previdênciários ou atrelados ao salário mínimo. Com esse plano, o salário mínimo poderia ficar menor, sem reajuste em relação à inflação.
A pesquisa utiliza o dólar como moeda-base. Portanto, os salários são ajustados pela paridade do poder de compra e ficou estabelecido que a conta considera a inflação de casa país.
O Brasil possui um salário mínimo médio de US$ 5,21 por hora, somente acima do México que acumula US$ 3,32 por hora. O país está atrás de outros paises da América Latina, como Chile (US$ 8,3/h) e Colômbia (US$ 8,1/h).
Luxemburgo aparece na primeira colocação, com um salário mínimo médio de US$ 27,7 por hora. Fecham o pódio: Holanda, com US$ 26,2 por hora, e Austrália, com US$ 25,2.
O Brasil ocupa a segunda pior colocação no ranking da OCDE desde 2018, quando foi ultrapassado pela Rússia.
A pesquisa aponta ter ocorrido uma redução na média do salário mínimo real no Brasil em 2021, em relação o ano anterior. O levantamento de 2020 mostra que o país tinha um salário mínimo médio de US$ 5,36 por hora.
O resultado de 2021 é apenas superior ao 2016, quando o estudo apontou um salário mínimo médio de US$ 5,18 por hora.