A Medida Provisória 1.125/2022 que prorroga por até dois anos os contratos temporários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi encaminhada para o Senado nesta quinta-feira (13).
O texto, aprovado pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (11), debate a MP publicada em junho deste ano. A decisão deve ser votada pelos senadores até 25 de outubro. Os contratos são referentes à 393 analistas censitários que trabalham para o Instituto em função do Censo 2022.
De acordo com o governo federal, as circunstâncias excepcionais como a pandemia da covid-19 e a falta de recursos financeiros nos últimos dois anos levaram o censo demográfico a ser adiado, o que acabou levando à extinção dos contratos temporários antes do término dos trabalhos do Censo.
Recentemente, foi relatado uma defasagem no número de contratados pelo IBGE para a finalização da coleta de dados, e o resultado para a pesquisa foi adiado para o início de dezembro .
Segundo a instituição, cerca de 49% da população teve seus dados contabilizados pelos pesquisadores em agosto. O número é pequeno em comparação ao levantamento de 2010, que em 60 dias havia contabilizado 60% da população.
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O relator do texto Ronaldo Martins (Republicanos-CE) defendeu a MP, argumentando que o censo demográfico é um instrumento fundamental para o funcionamento das organizações brasileiras e o entendimento da situação dos cidadãos no país.
Martins continuou, dizendo que a decisão do Supremo "deixou claro que o direito à informação é basilar para que o poder público possa formular e implementar políticas públicas, pois é por meio de dados e estudos que os governantes podem analisar a realidade do país."