A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) informou nesta terça-feira (4) que a inflação entre os países membros manteve-se acima dos 10% em agosto, chegando a 10,3%, após ter ficado em 10,2% e 10,3% em julho e junho, respectivamente.
Dentre os 38 países que compõem o bloco, os preços recuaram em 16, mas o alerta ainda ficou com a Europa, que sofre com aumento de custos por conta de guerra na Ucrânia.
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A inflação nos preços de energia recuou para 30,2% em agosto na comparação anual, ante 35,3% no mês anterior, mostrando uma desaceleração nos custos da guerra.
"A Europa, cuja economia está sofrendo o impacto do recente aumento nos custos de energia e onde o aperto da política monetária começou mais tarde do que nos EUA, continuará a ver taxas de inflação mais altas", diz a entidade.
Estônia, Letônia, Lituânia e Turquia estão no topo dessa lista, com taxas superiores a 20%.
Já para países emergentes, como o Brasil, o cenário é diverso.
"O quadro entre as principais economias de mercados emergentes varia muito. A inflação é baixa e estável na China, enquanto no Brasil e no México espera-se que caia em direção à meta à medida que os aumentos das taxas de juros surtam efeito. Na Turquia e na Argentina, a inflação deverá diminuir em 2023, mas permanecerá em níveis muito altos", diz a OCDE.
A inflação dos alimentos e o índice que mede a alta de preços excluindo alimentos e energia, no entanto, seguem em trajetória de alta.
Nos países do G7, a inflação se mantém alcançou 7,5%.