O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (4) que as mulheres beneficiárias do Auxílio Brasil receberão 13º do benefício a partir de 2023.
"Já está acertado só para mulheres, são 17 milhões, a partir do ano que vem", disse. O chefe do Executivo afirmou que não pode começar o pagamento do 13º já neste ano por causa da legislação eleitoral.
"Não dá até por ser ano eleitoral, não pode tratar desse assunto agora, é proibido pela lei eleitoral. A partir do ano que vem décimo terceiro para o Auxílio Brasil", disse.
A novidade é anunciada dois dias após o presidente Jair Bolsonaro (PL) ser confirmado no 1º turno, contra o ex-presidente Lula (PT). Bolsonaro larga atrás na disputa, com 43,2% dos votos válidos, ante 48,4% do petista.
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O impacto orçamentário da medida será de R$ 10,110 bilhões para dar um pagamento adicional de R$ 600 para 16,85 milhões de famílias. Dados da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania do Ministério da Cidadania apontam que elas representam 81,6% dos beneficiários de setembro.
Em 2019, Bolsonaro pagou o 13º para os beneficiários do Bolsa Família, que foi substituído pelo Auxílio Brasil. Mas nos anos seguintes não houve pagamento de 13º.
Antes do primeiro turno das eleições, Bolsonaro, que patina no eleitorado feminino, já havia anunciado o "Caixa para Elas", que libera crédito especial para mulheres.
Nesta segunda-feira (3), o presidente publicou no Diário Oficial da União a antecipação do Auxílio Brasil, fazendo com que o programa de outubro deposite o valor antes do fim da campanha eleitoral.
Até dezembro, o benefício paga R$ 600, R$ 200 a mais do que o previsto para janeiro de 2023. O presidente, no entanto, ressalta que já acertou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a manutenção do valor em patamar mais elevado.
"O Auxílio Brasil de R$ 600 está garantido para todo nosso governo, isso está acertado com Paulo Guedes. Recursos, já sabemos de onde virão", afirmou. "Já garantido, temos fonte para buscar esse recurso", complementou.