O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, afirmou que não acredita na reestatização da Eletrobras em um eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi dada em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (29).
Hoje, a União conta com apenas 29% das ações da marca. Ferreira Júnior assegura que o governo terá dificuldades para retomar seu papel na empresa, e que irá custar caro para a União.
"Eu não creio que haja mudança, não. O governo tem uma participação relevante na empresa, e acredito que interesse mais ter participação numa empresa que invista no Brasil", afirmou. "Não tem sentido econômico, o governo tem um desafio fiscal fabuloso".
A entrada do Estado de volta da Eletrobrás é dificultada por uma cláusula no contrato de venda das ações.
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Ferreira Júnior ainda anunciou um plano de demissão voluntária nos próximos meses. De acordo com o presidente da empresa, o processo deve atingir 2.000 funcionários que estão perto da aposentadoria. Durante os últimos anos como estatal, a marca chegou a demitir mais de 14 mil funcionários, sob o comando de Wilson.
Ele afirma que a empresa está em um processo de "modernização", e que irá "oxigenar a companhia". A marca passa por um processo de implementação de tecnologias como inteligência artificial, digitalização e transição energética.
A marca passa por um projeto de implementação de novas tecnologias como inteligência artificial, digitalização e transição energética.
A Eletrobras foi privatizada em julho de 2022, e as ações do Estado brasileiro foram vendidas no mesmo mês. Hoje, a União ainda tem participação na empresa, porém é minoritária em comparação ao suporte privado.
Ferreira Júnior foi presidente da empresa por quatro anos, e saiu do comando da Eletrobras em 2021 para assumir a liderança da então BR Distribuidora, que hoje se tornou a Vibra Energia. Em julho deste ano, porém, o empresário renunciou seu cargo na empresa e retornou ao seu cargo anterior após as vendas das ações da Petrobras dentro da Eletrobras.