O ministro da Economia, Paulo Guedes, relembrou frases do escritor Millôr Fernandes para criticar os rumos tomados para as eleições deste ano e explicar o motivo do atraso no desenvolvimento econômico do país. Segundo ministro, o Brasil "tem à frente seu passado", se referindo a possível eleição de Lula para o Planalto.
Guedes ainda disse que quando há um forte desenvolvimento econômico no país, “fantasmas aparecem e sequestram tudo de novo”.
“O Brasil tem à frente seu passado, como diz Millôr, e isso se aplica a essa eleição. Vai começar a sair do buraco e aparece um fantasma e sequestra tudo de novo. É a percepção atual: o Brasil era um país quebrado, com estatais quebradas, com prejuízo. Levamos para um lucro de R$ 170 bilhões, consertamos fundos de pensão e contratamos investimentos de R$ 908 bilhões. O crescimento da economia está contratado”, disse em entrevista à Jovem Pan nesta quarta-feira (28).
Guedes afirmou que o Brasil está indo para o caminho da estatização e lembrou dos casos de União Soviética e Chile. Para o ministro, “pular 30 anos com a perna esquerda” prejudica a geração de riquezas.
“Quando deslocamos isso para a economia de mercado, se cria uma classe média pujante, renda, emprego”.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG
“A ideologia divide os povos, cria tensões. O ideal é que tivéssemos tolerância com a visão dos outros e se pudesse alternar e não ficar 30 anos pulando coma perna esquerda”, completou.
O chefe da pasta econômico aproveitou para alfinetar o principal concorrente do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições e minimizou o crescimento econômico no governo Lula. Guedes criticou a imprensa e disse que a polarização abafou a melhoria econômica.
“Ele (Lula) teve o mérito de botar os mais frágeis no Orçamento Público, com o Bolsa Família. Mas nós vamos dar três vezes mais com o Auxílio Brasil”, disse.
“Não chega o conteúdo que estamos produzindo, já chega com narrativas políticas. Esse barulho da política abafou a realidade da economia”, criticou o ministro.