O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, anunciou nesta segunda-feira (26) que o governo federal deve liberar o empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil ainda nesta semana. Bento, entretanto, não informou a data exata da liberação do programa.
O consignado é uma das medidas do Palácio do Planalto para alavancar a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL). A ideia é vista por especialistas como eleitoreira e crítica pela possibilidade de aumentar o endividamento da população mais pobre.
"Esta semana vai estar disponível para as famílias beneficiárias do Auxílio Brasil mais essa ferramenta de superação de pobreza porque vai ter um empréstimo dentro de uma taxa de juros justa para que a gente consiga dar ferramentas para a gente sair da situação de pobreza", afirmou.
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Ainda há uma indefinição sobre a cobrança na taxa de juros para a solicitação do empréstimo. Ministério da Cidadania e Economia esperam que os bancos cobrem os mesmos juros do INSS, cerca de 2,14%, mas as instituições devem cobrar uma taxa maior pelo risco de endividamento.
Até o momento, Agibank, Pernambucanas e Banco Pan, além da Caixa Econômica Federal, anunciaram oficialmente que vão oferecer o empréstimo aos beneficiários. Outras instituições, como Bradesco, Santander e Itaú já afirmaram que não vão disponibilizar o crédito.
Os beneficiários do Auxílio Brasil poderão comprometer até 40% do valor total do programa social, que atualmente está em R$ 600. Em janeiro, as parcelas devem cair para R$ 400, ou seja, R$ 169 do valor total do benefício estará comprometido para pagar o empréstimo.