O Auxílio Brasil, programa de renda que atende famílias de baixa renda, reflete no aumento da procura de cestas básicas pelo país. De acordo com a pesquisa realizada pela plataforma de dados Scanntech, a venda de unidades cresceu 2,9% em agosto deste ano em comparação aos meses anteriores do ano.
O feijão foi o item da cesta básica que apresentou maior crescimento durante o período, tendo um aumento de 6%, seguido pela farinha de mandioca, com 5,8%, margarina na casa dos 5,2% e o café, que teve uma procura de 4,1% em comparação aos outros produtos.
Já o leite, que de acordo com o Datafolha registrou uma alta de 14,21% apenas no mês de agosto, foi o item que mais contribuiu para o crescimento de unidades vendidas da cesta básica, com 32%. Na sequência, feijão é o segundo item que mais contribui com 12%, café em 12% e o arroz e a margarina possuem âmbos 9% do total.
O benefício, criado pelo governo federal, passou por um reajuste após o fim do Auxílio Emergencial e agora paga R$ 600 para os contemplados pelo programa de renda.
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Por região, o Nordeste concentra o maior número de famílias atendidas pelo auxílio. São 9,58 milhões. Em seguida, o Sudeste com 6,11 milhões, o Norte com 2,48 milhões, o Sul com 1,37 milhão e o Centro-Oeste com 1,08 milhão de beneficiários.
A diretora de marketing da Scanntech, Priscila Ariani, explica o fenômeno. "Boa parte dos auxílios às famílias de baixa renda é destinada à compra de alimentos. Quando há um aumento no benefício, o resultado da cesta básica melhora em relação à média das categorias, e em agosto, a resposta veio com forte contribuição do feijão e do leite".