A mulheres recebem, em média, 20% a menos do que os homens no mundo, segundo estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que adiciona serem necessárias medidas para sanar as disparidades salariais e reduzir as desigualdades de gênero mais amplas no mercado de trabalho. (Veja a íntegra
, em inglês)
A OIT afirma que, apesar de haverem diferenças na educação, tempo de trabalho, segregação ocupacional, habilidades e experiência, grande da diferença salarial parte se deve à discriminação de gênero.
O estudo diz ainda que as mulheres foram mais afetadas pela pandemia da COVID-19, isso porque são mais responsáveis por tarefas do lar.
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As conclusões do artigo foram tópicos discutidos em um seminário virtual no dia 16 de setembro, organizado pela Equal Pay International Coalition (EPIC) para marcar o Dia Internacional da Igualdade Salarial de 2022.
“Esses ainda são os primeiros dias para a transparência salarial. Vemos países buscando abordagens diferentes para avançá-la, o que mostra que não existe uma solução de ‘tamanho único’”, disse a diretora do Departamento de Condições de Trabalho e Igualdade da OIT, Manuela Tomei.
“Embora seja necessário mais tempo para avaliar a eficácia das diferentes medidas e práticas, é encorajador que governos, organizações de trabalhadores e empregadores procurem conceber soluções inovadoras, como transparência salarial, para enfrentar um problema persistente.”
O estudo também mapeia legislações ao redor do mundo que visam diminuir a disparidade salarial entre gêneros. O Chile é o único país da América do Sul citado no documento, devido a uma legislação que quer obrigar as empresas a se comprometerem com igualdade de pagamentos entre gêneros.