A Petrobras foi a empresa que mais pagou dividendos no mundo no segundo trimestre de 2022, aponta a 35ª edição do Índice Global de Dividendos da Janus Henderson. Com US$ 9,7 bilhões (R$ 87,8 bilhões) distribuídos entre seus acionistas, a companhia ficou à frente não só de outras petroleiras, como também de empresas como Nestlé e Microsoft.
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O relatório analisa trimestralmente as 1.200 maiores empresas do mundo por capitalização de mercado, as quais representam 90% dos dividendos pagos globalmente.
A Petrobras foi a única brasileira a entrar na lista das 10 maiores pagadoras de dividendos atualmente. Esta foi a primeira vez que a companhia integra o ranking global.
Como o governo é o principal acionista da empresa, a União recebe a maior parte dos valores. Do total anunciado para o segundo trimeste (R$ 87,8 bilhões), R$ 32,1 bilhões foram pagos à União.
O valor recorde foi anunciado pela estatal poucos dias após o governo pedir às estatais a antecipação dos recursos, com os quais pretende bancar o aumento do Auxílio Brasil.
Além da Petrobras, integram o top 10 da Janus Henderson Nestlé, Rio Tinto, China Mobile, Mercedes-Benz, BNP Paribas, Ecopetrol, Allianz, Microsoft e Sanofi. Juntas, elas somaram US$ 61,7 bilhões (R$ 315,4 bilhões) em proventos, ou 11% do total no período.
No geral, os dividendos globais bateram recorde no segundo trimestre de 2022, alcançando US$ 544,8 bilhões (R$ 2,8 trilhões). O resultado representa um aumento de 11,3% na comparação anual.
"O aumento crescente dos fluxos de caixa devido aos altos preços do petróleo significou que os produtores de petróleo contribuíram com mais de dois quintos do crescimento do segundo trimestre", aponta o relatório.
Em termos subjacentes, sem considerar as taxas de câmbio e os dividendos não recorrentes, a alta foi de 19,1%.
Segundo a Janus Henderson, 94% das empresas analisadas aumentaram os seus dividendos ou os mantiveram estáveis no período. Além disso, dividendos globais superaram os níveis pré-pandemia.
Para 2022, a gestora britânica espera que os pagamentos de dividendos alcancem US$ 1,56 trilhão (R$ 7,9 trilhões), uma alta de 5,8% na comparação com o ano anterior, ou de 8,5% sem considerar os efeitos cambiais.