O TCU (Tribunal de Contas da União) irá investigar as obras custeadas pela Caixa Econômica Federal na mansão do ex-presidente do banco , Pedro Guimarães, em Brasília, após pedido de Lucas Furtado, subprocurador do Ministério Público .
O TCU aprovou por unanimidade a investigação sobre a reforma feita em 2020 que instalou de postes de luz no jardim de casa alugada pelo então presidente da instituição.
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Para Furtado, as obras podem ter ocorrido para atender a interesse pessonal e privado, com ofensa aos princípios da moralidade, da impessoalidade e da legalidade e com desvio de finalidade.
O TCU considerou que a matéria está "acompanhada de indícios suficientes concernentes à irregularidade ou ilegalidade".
"Conhecer e verificar possível irregularidade relacionada à notícia de que a Caixa Econômica Federal (CEF) custeou obras na mansão em que o agora ex-presidente do banco Pedro Guimarães mora em Brasília; apurar a responsabilidade dos envolvidos e aplicar as sanções cabíveis por uso indevido do órgão e dos recursos públicos a ensejar, consequentemente, dano indireto ao erário", diz o processo aberto pelo TCU.
Segundo a Caixa, as obras foram realizadas para aumentar a segurança de Guimarães e sua família, após ele receber ameaças nas redes sociais.
A mansão de Guimarães fica no Lago Paranoá, um dos locais mais nobres de Brasília. A casa possui um campo de futebol e as obras foram estendidas até a beira do lago. O valor investido, no entanto, não foi revelado.
Pedro Guimarães pediu demissão do banco após denúncias de assédio sexual contra funcionárias próximas de seu gabinete. A pressão sobre o então presidente da Caixa aumentou após a revelação de áudios em que Guimarães prática de assédio moral contra subordinados da instituição.