Metade da população diz que finanças pioraram nos últimos 8 meses
Segundo pesquisa PoderData, no mesmo período, só 7% dos entrevistados relatam melhora
Nos últimos oito meses, mais da metade (51%) dos brasileiros relata piora na situação econômica , enquanto apenas 7% diz que as finanças melhoraram, aponta a pesquisa PoderData realizada de 17 a 19 de julho de 2022.
Esta é a primeira vez nos últimos seis meses que a pesquisa faz essa pergunta. De lá pra cá, 20% dizem que a vida melhorou, 41% que piorou e 32% que se manteve igual. Outros 7% não sabem ou preferem não responder.
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A pesquisa é feita durante o intervalo de pagamentos do Auxílio Brasil de R$ 400, valor que sobe para R$ 600 a partir do dia 9 de agosto, devido à antecipação do calendário de depósitos anunciada nesta segunda-feira (25) pelo governo federal.
A pesquisa também quis saber quem consegue guardar R$ 200 para uma eventual emergência. Dos entrevistados, 57% afirmou que tem o montante para atender algum imprevisto, salto de 17% desde setembro de 2020, última vez que a pergunta foi feita.
Cerca de 32% do eleitorado, equivalente a 52 milhões de eleitores, não conseguiria cobrir uma emergência nesse valor. Esses percentuais caíram 23 p.p. em quase 2 anos. Os que afirmam não saber se teriam a quantia são 11%.
A pesquisa mostra correlação entre a situação do bolso e a aprovação, ou reprovação, do governo Bolsonaro. Hoje, 41% dos que aprovam a gestão relatam melhora nas condições econômicas. Entre os que reprovam a administração federal, esse número cai para 5%.
Metodologia
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 17 a 19 de julho de 2022, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 3.000 entrevistas em 309 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. O registro no TSE é BR-07122/2022.
Para chegar a 3.000 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.