Deputados acionam TCU para investigar obras em casa de Guimarães
Reportagem da Folha de S. Paulo revelou que a Caixa custeou melhorias em mansão do ex-presidente em Brasília
Os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP) e Reginaldo Lopes (PT-MG) acionaram o Tribunal de Contas da União (TCU) para pedir investigação sobre as obras na mansão do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães pagas pelo banco.
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Protocolei representação no Tribunal de Contas da União pedindo investigação do uso dos recursos da Caixa Econômica Federal na reforma da mansão de Pedro Guimarães, ex presidente da empresa.
— Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) July 7, 2022
A representação foi feita com base em uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo que revelou que a Caixa desembolsou R$ 50 mil para bancar melhorias na residência alugada por Guimarães em Brasília, na beira do Lago Paranoá, na região mais valorizada da capital federal. Entre os serviços realizados está o de iluminação de um jardim que se estende até as margens do lago.
As intervenções foram feitas em julho de 2020 por quatro funcionários da EMIBM Engenharia, empresa que mantém contratos com o banco para realização de serviços de manutenção em seus prédios e agências.
A Caixa e o advogado de Pedro Guimarães dizem que a decisão de instalar postes de luz na mansão foi pensada pelo setor de segurança da instituição, em uma época em que o executivo e sua família estariam sofrendo ameaças nas redes sociais em relação ao pagamento do auxílio emergencial.
Na época, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar um ataque hacker a Guimarães após o banco fortalecer as medidas de segurança para evitar golpes no pagamento do auxílio emergencial. Uma pessoa chegou a ser presa durante o processo.
Para os deputados petistas, no entanto, "é necessário que a questão seja mais aprofundada e melhor esclarecida". "Trata-se de conduta reprovável, que pode ter causado prejuízo ao erário, de modo que deve ser analisada com profundidade por esse Tribunal de Contas da União e pelo Ministério Público Federal".