Anfavea reduz projeções de produção e venda de veículos para o ano
Desabastecimento de componentes fez produção recuar 5% no primeiro semestre e frustrou estimativas feitas no início deste ano pelas montadoras
A produção de veículos no Brasil recuou 5%, no primeiro semestre deste ano, segundo a associação que representa as montadoras, Anfavea. Esse desempenho mais fraco levou a entidade a baixar de 9,4% para 4,1% a sua projeção de aumento no volume de unidades a ser despejado pelas linhas de montagem neste ano, em comparação a 2021. Para 2022, espera-se agora uma produção nacional de 2.340 veículos, em vez das 2.460 unidades previstas em janeiro.
Na Anfavea foi mais severa quanto à revisão das projeções de vendas domésticas. Em vez dos 2,3 mihões de veículos, que representariam um crescimento de 8,5%, o setor espera agora que o mercado local consuma 2,14 milhões de unidades, apenas 1% mais que no ano passado.
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Nos primeiros seis meses deste ano, foram licenciados 918 mil automóveis e veículos comerciais leves, além de caminhões e ônibus. O desempenho foi 14,5% inferior ao registrado no mesmo período de 2021.
A redução na produção se deveu a fatores que se sucederam às estimativas entregues na abertura de 2022 pela Anfavea, como a crise de oferta de componentes, especialmente semicondutores, desencadeada pelo nó na logística global provocado pela pandemia, em seguida agravado pela guerra na Ucrânia.
Em junho, porém, a produção de veículos avançou 21,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O repique é um sinal de normalização no abastecimento de peças, segundo a entidade que representa o setor.