CPI da Petrobras já tem 65 assinaturas, das 171 necessárias
PL, partido do presidente, fez um pedido formalizando a proposta defendida por Jair Bolsonaro
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), disse que a CPI da Petrobras defendida pelo presidente Jair Bolsonaro já tem 65 das 171 assinaturas necessárias para sua instauração. O pedido para criar a investigação foi protocolado pelo PL, partido do presidente, e aguarda o eventual endosso dos deputados.
A ideia não é defendida pela cúpula da Câmara por não gerar efeitos imediatos, por não haver tempo de fazer uma CPI antes do recesso que vai até a eleição e pelo medo de a investigação ser capturada pela oposição. Ainda assim, Bolsonaro insistiu na criação de uma CPI nesta segunda-feira (20) à noite.
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Altineu Cortês (RJ), líder do PL, entrou com o pedido de CPI nesta terça-feira (21). Ele foi endossado por Ricardo Barros. Antes, o líder do governo havia pedido cautela para que os governistas não assinassem pedidos encabeçados pela oposição. Agora, ele disse apoiar o requerimento.
"A CPI dos preços dos combustíveis investigará também o impacto nos preços pelo endividamento da empresa, modelo tributário, sonegação fiscal, e benefícios corporativos", disse Barros no Twitter. "Isso além do modelo de gestão. Será esclarecedor para o consumidor que é o acionista majoritário da Petrobras."
O requerimento pede a apuração de "supostas irregularidades no processo de definição de preços dos combustíveis e outros derivados de petróleo no mercado interno".
Na noite desta segunda-feira (20), Lira disse que o pedido é "lícito" e evitou se posicionar.
"O líder Altineu já apresentou ou está apresentando um requerimento de pedido de CPI pelo Partido Liberal. Os partidos estão cada um com seu convencimento. Os líderes vão conversar com deputados para dar respaldo ou não a esse pedido de CPI. É lícito e normal a formatação feita por qualquer deputado ou qualquer partido", disse Lira.