Entenda todas as 'frentes de ataque' do governo contra a Petrobras

Mudanças no comando da estatal falham em reduzir preço dos combustíveis e governo busca alternativas, mas descarta trocar política de preços da empresa.

CPI

O governo articula com deputados a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o seu presidente da Petrobras, além de seus diretores e membros do Conselho de Administração. Em artigo publicado no jornal “Folha de S.Paulo”, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), questionou ganhos e gastos da diretoria. “Temos de entender os critérios de formulação de políticas da empresa”, escreveu.

O Antagonista

Impostos

Para combater os aumentos nos preços e a insatisfação popular, uma das alternativas é aumentar ou até dobrar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para a estatal e todas as empresas de óleo e gás. Uma outra saída, vista como maior viabilidade pelo Congresso, é criar ainda um imposto de exportação sobre o petróleo, medidas criticadas pelo setor.

Ivonete Dainese

Privatização

Em outra frente de pressão sobre a Petrobras, o governo está na fase final de elaboração de um projeto de lei para tentar avançar na discussão de privatização da estatal. Porém, especialistas consideram que o projeto deve levar alguns anos.

Ivonete Dainese

Mudança ministerial

Diante do impasse em controlar os preços, o governo demitiu o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e nomeou para seu lugar Adolfo Sachsida, indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Divulgação/Ministério de Minas e Energia

Teto do ICMS

De olho nas eleições, o governo conseguiu aprovar no Congresso a o projeto de lei que cria um teto de 17% para o ICMS que incide sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transporte coletivo.

MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL

Postos começam a reajustar preços dos combustíveis nas bombas

Na última quinta-feira (16), a Petrobras anunciou que a gasolina e o diesel vão ficar mais caros. A partir do dia seguinte subiriam, respectivamente, 5,18% e 14,25% nas refinarias, o que reflete em toda a cadeia até chegar ao consumidor. Mas, com a notícia, mesmo sem nem ter recebido os combustíveis reajustados, vários postos trocaram as tabelas de preços imediatamente nas bombas.

Marcos Porto/Agência O Dia

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Juliana Nascimento

Mudança na gestão

O atual governo já demitiu três presidentes da Petrobras. Roberto Castello Branco, Joaquim Silva e Luna e agora José Mauro Coelho. No centro do impasse está a atual política de preços da companhia, baseada na paridade de importação, que leva em conta as cotações do preço do barril do petróleo no mercado internacional e o dólar. Para impedir novos aumentos da gasolina e diesel, o governo indicou Caio Paes de Andrade para comandar a empresa e mudar a política de preços. Agora, o governo já sinaliza que pretende trocar toda a diretoria da empresa.

Reprodução

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Ludmila Pizarro - iG