Pacote de combustíveis deve reduzir inflação para 8,1%, diz Santander
Banco prevê impacto de R$ 35 bilhões aos cofres públicos, sem considerar a PEC para zerar a alíquota do ICMS sobre diesel e gás de cozinha
As movimentações do Congresso Nacional para reduzir o preço dos combustíveis poderá reduzir a previsão de inflação em 2022, aponta um levantamento feito pelo Santander. Segundo os dados, a inflação do país poderá cair de 9,5% para 8,1%, considerando, também, a implementação de mudanças parciais no regime tributário.
O estudo considerou o projeto de lei que limitou a cobrança de ICMS para setores essenciais em até 17%, além de um subsídio para baratear a conta de luz.
Embora se tenha a expectativa de queda, o índice inflacionário ainda está acima do que está previsto pelo Ministério da Economia. No último mês, a equipe econômica reajustou a previsão para 7,9% para este ano.
O levantamento não considerou a PEC criada pelo Palácio do Planalto para zerar a alíquota de ICMS para o diesel e gás de cozinha até o fim do ano. Se a medida for aprovada, o Santander acredita que a inflação deve cair para 6,4% em 2022.
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Entretanto, o impacto para os cofres da União deverá ser muito maior. A previsão do banco é que o governo federal tenha que desembolsar R$ 93 bilhões.
Próximo ano
O mercado financeiro estima mais uma alta na previsão da inflação em 2023, mesmo com pacote dos combustíveis em vigor. Segundo o levantamento, a previsão do índice inflacionário subiu de 5,3% para 5,9% no ano que vem.
Ainda de acordo com o estudo, o impacto nos cofres da União com a medida que limita o imposto estadual será de R$ 37 bilhões.