2,9 milhões tiveram voos atrasados ou cancelados até abril
Número é 226% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 933 mil passageiros enfrentaram problemas
Cerca de 2,9 milhões de passageiros foram afetados por atrasos e cancelamentos de voos nos aeroportos brasileiros entre janeiro e abril deste ano. O número é 226% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 933 mil passageiros enfrentaram problemas. É o que aponta levantamento da Airhelp, companhia global que atua na defesa de passageiros junto às companhias aéreas.
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Para se ter uma ideia do aumento, 1 em cada 54 passageiros sofreu atrasos e cancelamentos em voos no Brasil entre janeiro e abril deste ano. Em 2021, essa proporção era de 1 em cada 72, de acordo com a pesquisa da AirHelp.
Os atrasos superiores a 4 horas foi um dos que mais aumentaram. Nos quatro primeiros meses do ano passado, 10,2 mil passageiros foram afetados por esse tipo de ocorrência. No mesmo período deste ano, esse número chegou a 58,1 mil - quase seis vezes mais.
"Quando esses atrasos não são provocados por questões meteorológicas ou de força maior, atrasos desta magnitude podem originar pedidos de indenização às companhias aéreas", lembra a AirHelp.
Os cancelamentos também estão mais frequentes. Pelo menos 157,5 mil passageiros deixaram de embarcar por conta do cancelamento de voos entre janeiro e abril do ano passado. Este ano, foram 423,5 mil.
Retomada com transtornos
A pesquisa também aponta que o número de passageiros que utilizaram os serviços das companhias aéreas cresceu - passou de 11,3 milhões em 2021 para 23,4 milhões em 2002. Esse aumento, porém, foi em ritmo menor que o de atrasos e cancelamentos.
"Isso mostra que a retomada está trazendo transtornos para os usuários do sistema", diz Luciano Barreto, diretor geral da AirHelp no Brasil.
O levantamento também mostra que o aumento dos transtornos também elevou o número de passageiros elegíveis para solicitar indenização às companhias aéreas. Eles somavam 133,7 mil em 2021. Em 2022, cerca de 360,8 mil apresentam requisitos para cobrar indenizações das companhias aéreas.