Troca no MME não deve mudar preço dos combustíveis; entenda

Troca no Ministério de Minas e Energia

Nesta quarta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro exonerou o ministro Bento Albuquerque e colocou em seu lugar Adolfo Sachsida, então secretário de Política Econômica do Ministério da Economia. A medida, embora converse com eleitores de Bolsonaro, não deve influenciar de fato no preço dos combustíveis.

EDU ANDRADE/Ascom ME 10.03.22

Sachsida é aliado de Bolsonaro, mas é contra intervenções na Petrobras

De acordo com fontes ouvidas pelo blog da Julia Duailibi, do G1, Sachsida "não concordaria com nenhuma intervenção direta" na política de preços da estatal. Uma das fontes ligadas ao assunto disse que a alta dos combustíveis incomoda muito o governo, mas que a troca atual "parece as demissões na Petrobras: troca por alguém que apoia a política anterior".

Agência Brasil

Sachsida já se pronunciou anteriormente

No início de março, Sachsida disse a jornalistas que medidas para reduzir o preço dos combustíveis podiam ter "resultado contrário". "Se eu criar medidas que gerem receio sobre a consolidação fiscal, risco país sobe, real se desvaloriza, combustíveis sobem", afirmou na ocasião.

Anderson Riedel/Presidência da República

Troca não tem a ver só com combustíveis

O motivo da queda de Bento Albuquerque não está relacionado apenas à alta no preço dos combustíveis, mas sobretudo à posição contrária do ministro com relação à criação do Brasduto, segundo a Folha de S. Paulo. O fundo bancaria a construção de dutos de petróleo e interessa diretamente ao Centrão.

Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Setor elétrico foi surpreendido com saída de Albuquerque do MME

Agência Brasil