EUA impõem sanções a membros do parlamento russo e empresas de defesa
Washington tenta sufocar o regime de Vladimir Putin
Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (24) um novo pacote de sanções contra a Rússia, desta vez mirando 328 membros da Duma - a câmara baixa do Parlamento russo -, além de 48 empresas de defesa e um importante executivo do setor bancário.
"Essa ação se alinha com medidas similares tomadas pela União europeia, pelo Reino Unido e pelo Canadá e reflete a união para responsabilizar [Vladimir] Putin por sua guerra", diz um comunicado do Departamento do Tesouro dos EUA.
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O órgão designou 48 empresas que integram a base industrial de defesa da Rússia e que produzem armamentos utilizados na invasão à Ucrânia, impedindo o acesso dessas companhias a recursos tecnológicos e financeiros do Ocidente.
Já os 328 membros da Duma sancionados são acusados de apoiar os "esforços do Kremlin para violar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, incluindo por meio de tratados que reconhecem a autoproclamada independência de áreas do leste da Ucrânia controladas por representantes da Rússia", referência às "repúblicas" de Donetsk e Lugansk.
Além disso, os EUA sancionaram a própria Duma enquanto instituição e o executivo Herman Gref, presidente do Sberbank, maior banco da Rússia e aliado de Putin. "Os Estados Unidos, com nossos parceiros e aliados, estão atingindo o coração da capacidade da Rússia de financiar e empreender a guerra e atrocidades contra a Ucrânia", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
As sanções implicam o bloqueio de todas as propriedades e bens que os alvos possam eventualmente ter sob jurisdição dos Estados Unidos e proíbem transações financeiras envolvendo cidadãos ou empresas americanas.
Já o Reino Unido, principal aliado dos EUA na Europa, anunciou sanções contra 59 empresas e personalidades russas, incluindo os bancos Gazprombank e Alfa-Bank. Além disso, o G7 divulgou um comunicado em que diz estar pronto para adotar novas punições contra Moscou.
As sanções econômicas são a forma encontrada pelo Ocidente de pressionar o regime de Vladimir Putin a interromper a invasão à Ucrânia, já que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não quer entrar no conflito para não provocar uma guerra de proporções mundiais e potencialmente catastróficas.