Após críticas, Renault suspende atividades de fábrica em Moscou
Chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, pediu um boicote mundial à companhia
A montadora francesa Renault anunciou nesta quarta-feira (23) a suspensão das atividades de sua fábrica em Moscou e revisou a projeção de margem operacional do grupo em 2022 de 4% ou mais para cerca de 3%.
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A decisão foi divulgada em comunicado horas após o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, pedir um boicote mundial à companhia, que ainda mantinha suas operações na Rússia, apesar da invasão ao território ucraniano.
"A Renault se recusa a sair da Rússia. Não que deva surpreender alguém quando a Renault apoia uma guerra brutal de agressão na Europa. Mas os erros devem vir com um preço, especialmente quando repetidos", escreveu Kuleba, no Twitter, apelando aos "clientes e empresas de todo mundo que boicotem o Grupo Renault".
Hoje cedo, inclusive, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Renault e outras empresas de financiarem a guerra e a morte de crianças e de mulheres. Durante discurso ao Parlamento francês, ele ressaltou que todas precisam lembrar "que os valores são mais importantes que os benefícios".