De olho nas eleições, políticos reagem ao aumento nos combustíveis

Petrobras anunciou nesta quinta um reajuste de 18,7% e de 24,9% nos preços da gasolina e do diesel, respectivamente. Veja o que pensam os presidenciáveis

De olho nas eleições, políticos reagem ao aumento nos combustíveis
Foto: reprodução: montagem
De olho nas eleições, políticos reagem ao aumento nos combustíveis

Após 57 dias, a Petrobras anunciou na última quinta-feira (10)  um reajuste de 18,7% e de 24,9% nos preços da gasolina e do diesel, respectivamente. O aumento se deu em meio à disparada no preço do barril de petróleo, com o conflito entre Rússia e Ucrânia. Pelas redes sociais, presidenciáveis comentaram o assunto. Veja o que disse cada um:

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Jair Bolsonaro (PL)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou que a Petrobras não tenha esperado antes de aumentar o preço dos combustíveis, mas reconheceu que a estatal não tinha outra alternativa,  sob o risco de desabastecimento no país.

Em sua live semanal, realizada na quinta, Bolsonaro afirmou: "Precisa de mais petróleo, o mundo cada vez consome mais. O preço vai lá pra cima. E se a Petrobras, que a Petrobras que diz isso aí, não aumentar, teremos o desabastecimento, que é pior que o combustível caro".

Lula (PT)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um vídeo em suas redes sociais atribuindo a culpa pelo aumento nos combustíveis à privatização da BR distribuidora e à importação de gasolina. "Você sabe porque a gasolina está mais cara? Você sabe porque o óleo diesel está caro?", começou.

"É porque o Brasil tinha uma grande distribuidora chamada BR, que foi privatizada, e agora você tem mais de 400 empresas importando gasolina dos Estados Unidos a preço de dólar, quando nós temos autossuficiência e produzimos petróleo em reais", continuou.


Felipe d'Avila (Novo)

Pré-candidato à presidência pelo Novo, Felipe d'Avila rebateu Lula. "Muitas mentiras de Lula", disse ele pelo Twitter.


Ciro Gomes (PTD)

Já Ciro Gomes (PTD) criticou a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), da Petrobras. "Mais uma garfada cruel no bolso das brasileiras e brasileiros por causa da famigerada política de preços da Petrobras de Bolsonaro. Quem lembra das pistolas de remarcação de preços, nos supermercados, na época da hiperinflação?", publicou em seu Twitter.

Ciro também criticou os acionistas da Petrobras, que segundo ele, 'querem continuar cobrando combustíveis em dólar para aumentar seus próprios lucros'. "Enquanto isso todos brasileiros sofrem, mesmo vivendo num país que tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo, e vendo concessionárias da Petrobras vendidas a preço de banana. Até quando vamos suportar este absurdo?", completou.


Sérgio Moro (Podemos)

Sérgio Moro, por sua vez, defendeu o estímulo à produção de energia renovável como alternativa ao petróleo. "A disparada do preço do petróleo deixa claro: precisamos estimular a produção de energias renováveis, com foco em energia eólica, solar, etanol e hidrogênio verde. Com maiores investimentos no setor, podemos criar mais de 40 milhões de empregos até 2050".

Depois, voltou às redes sociais para alfinetar Lula e dizer que o aumento dos combustíveis é "inaceitável".


João Doria (PSDB) não se pronunciou sobre o assunto.

** Gabrielle Gonçalves é jornalista em formação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Estagiária em Brasil Econômico. No iG desde agosto de 2021, tem experiência em redação e em radiojornalismo, com passagens pela Rádio Unesp FM e Rádio Metropolitana 98.5 FM.