Em crise, Petrópolis paga Família Real até hoje; entenda o "laudêmio"

Cidade enfrenta tragédia provocada por fortes chuvas

Tragédia já provocou 122 mortes, além da devastação da cidade

A cidade ainda soma, até o momento, 849 pessoas acolhidas nos 19 pontos de apoio do município.

Reprodução/ Twitter Bombeiros RJ

A reconstrução vai demorar e qualquer dinheiro ajuda

Os moradores da cidade, no entanto, pagam um imposto chamado "laudêmio", conhecido como "taxa do príncipe", apesar de o Brasil ser uma república desde 1889.

Vinícius Faustini

Quem paga?

Moradores do centro e de outros bairros mais valorizados da cidade onde foi enterrado o ex-imperador do Brasil.

Divulgação/TV Globo

O imposto foi criado no período colonial e era cobrado quando a Coroa usava terras com pagamento anual de pensão.

Até hoje, sempre que um imóvel situado no antigo terreno da Fazenda do Córrego Seco, pertencente à família imperial na época colonial, muda de dono, ele é taxado.

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Quanto custa?

O comprador do imóvel é obrigado a repassar 2,5% do valor total do empreendimento aos descentes da família imperial. Caso contrário o imóvel não é entregue.

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Hoje, o imposto beneficia a família Orleans e Bragança e, em Petrópolis, é recolhido pela Companhia Imobiliária de Petrópolis, administrada por descentes da família real

Tramita na Câmara dos Deputados uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 39/2011, que acaba com a cobrança do laudêmio. Se aprovado, o texto seguirá para o Senado Federal, mas nada aponta que será votado.

Montagem iG / Imagem%3A reprodução Instagram