Governo mira eleitor do Norte e Nordeste com crédito para casa própria

A oito meses da eleição, programa de habitação popular terá mais subsídios para fazer prestação da casa própria caber no orçamento das famílias

Câmara aprova Casa Verde Amarela, substituto do Minha Casa, Minha Vida
Foto: O Antagonista
Câmara aprova Casa Verde Amarela, substituto do Minha Casa, Minha Vida

A oito meses da eleição, o governo coloca em marcha um conjunto de estratégias para alavançar financiamentos do programa Casa Verde e Amarela, de habitação popular. O foco é avançar nas regiões Norte e Nordeste, justamente as áreas onde a popularidade do presidente Jair Bolsonaro é mais baixa.

A concessão de subsídios será ampliada para fazer a prestação caber no orçamento das famílias. Além disso, os ganhos registrados pelo FGTS com aplicações no mercado financeiro, que somaram R$ 900 milhões, vão flexibilizar ainda mais as condições de acesso.

A preocupação não é a toa. Com a mudança no cenário macroeconômico - com aumento de juros e da inflação - as contratações do Casa Verde e Amarela caíram 42% em janeiro na comparação com a média mensal do ano passado.

As propostas do Ministério do Desenvolvimento Regional para ampliar o acesso ao programa de habitação popular incluem aspectos como indicadores de desenvolvimento regional e renda média por estado na análise da concessão de subsídios.

A estimativa da pasta é que com este conjunto de iniciativas seria possível alavancar em 11% as contratações e somar 340 mil unidades este ano.

Com a piora do cenário para contratação de financiamento imobiliário, o governo também planeja ações para facilitar o acesso da classe média.