Açougue Vegano chama a atenção até mesmo de quem consome carne animal
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Açougue Vegano chama a atenção até mesmo de quem consome carne animal

Dados de uma pesquisa de mercado realizada pela Bloomberg Intelligence mostram que as vendas de alimentos à base de plantas devem saltar de US$ 29,4 bilhões em 2020 para US$ 162 bilhões em 2030. A preocupação com a própria saúde e com o meio ambiente vem atraindo cada vez mais adeptos e chamando a atenção de empresas que perceberam essa mudança de hábito do consumidor.

Uma delas é o Açougue Vegano. Criada em 2016, a rede de restaurantes e lanchonetes nasceu do encontro entre os amigos Celso Fortes e Michelle Rodriguez, na época, estudantes de gastronomia. Juntos, eles começaram a criar receitas que pudessem convencer até mesmo os paladares mais exigentes de que a carne não era tão essencial assim.

"A Michelle já era 100% vegana, e aquela foi a primeira vez que eu ouvi essa palavra. Ela foi compartilhando esse mundo comigo, e a gente foi testando receitas juntos. Eu falava que o dia que a gente conseguisse fazer com que pessoas que tinham uma alimentação tradicional trocassem isso pela gastronomia vegana, a gente conseguiria chegar em algum lugar", conta Celso.

E deu certo. A primeira loja foi montada no Rio de Janeiro. A ideia inicial era vender alimentos congelados para amigos. Mas o sucesso foi tanto que hoje o Açougue Vegano já tem lojas e franquias espalhadas por São Paulo (SP), João Pessoa (PB), Manaus (AM) e Teresina (PI). O cardápio também foi ampliado: além dos alimentos congelados, o menu também conta com lanches, salgados e refeições completas.

O destaque da casa vai para o sanduíche Vegan Melt (pão, hambúrguer de shitake, cheddar de cenoura e cebola caramelizada), R$ 29,90. Também é possível encontrar as famosas coxinhas de jaca e de espinafre (R$ R$ 9,90 cada) e espetinhos de carne de soja (R$ 14,90), de kafta de shitake (R$ 16,90) e de linguiça vegana (R$ 14,90 ). Entre as opções, ainda há moqueca de banana da terra (R$ 36,90).

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"A gente perguntava para as pessoas:  'quais são os motivos para você não experimentar comida vegana?', e elas respondiam:  'ah, é caro', 'não tem textura', 'não tem sabor'. A gente foi tirando isso. Eu e a Michelle tivemos um casamento perfeito porque ela é muito boa de tempero e sabor, e eu já valorizo mais a textura dos alimentos",  comenta Celso Fortes.

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"Mas a gente não só trabalhou essa questão do sabor, da textura e até do formato, como também focamos muito na questão do preço. Tanto que nós produzimos as nossas próprias receitas para poder aproveitar todos os insumos. A gente queria chegar a um custo que competisse com a gastronomia tradicional", continua o fundador do Açougue Vegano.

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As receitas impressionam até mesmo aqueles que não abdicaram do consumo de proteína animal, que atualmente representam 58% dos clientes da rede. "Nem sempre você deixa de comer carne porque não gosta. Você deixa por uma questão ideológica, de saúde, enfim. Cada um tem um motivo. Antes, as pessoas tinham um certo preconceito; hoje isso ainda existe, mas está diminuindo".

"A gente via, por exemplo, a namorada vegana comendo em um lugar, e o namorado não vegano, em outro, e se incomodava muito com isso. A nossa visão é que a gastronomia tem que unir todo mundo em uma mesa. No Açougue Vegano, todos são bem vindos. Se você é vegano ou vegetariano, vai ter uma experiência muito legal. E se você não é, eu garanto isso também", finaliza o empreendedor.

No Rio de Janeiro, o Açougue Vegano fica na Barra da Tijuca, dentro do Uptown Shopping. O endereço é Avenida Ayrton Senna, nº 5550.

** Gabrielle Gonçalves é jornalista em formação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Estagiária em Brasil Econômico. No iG desde agosto de 2021, tem experiência em redação e em radiojornalismo, com passagens pela Rádio Unesp FM e Rádio Metropolitana 98.5 FM.

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