Consumo nos Lares Brasileiros cresce 3,04% em 2021, aponta ABRAS
Para vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan, o resultado positivo reflete a adaptação dos supermercados para entender as mudanças nos hábitos do consumidor
O Consumo nos Lares Brasileiros – monitorado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) – manteve sua trajetória positiva de crescimento e encerrou 2021 com alta acumulada de 3,04%.
Em dezembro, o consumo nos lares registrou alta de 4,27% na comparação com o mesmo mês de 2020. Na comparação entre dezembro e novembro de 2021, o consumo real foi mais acentuado e registrou alta de 22,47%. Os indicadores já foram deflacionados pelo IPCA/IBGE e o monitoramento mensal de Consumo no Lares ABRAS contempla todos os formatos operados pelo setor supermercadista, como lojas de vizinhança, minimercado, supermercado, hipermercado, atacarejo e e-commerce.
“O resultado positivo do Consumo nos Lares acumulado no ano veio do esforço e da adaptação dos supermercados para entender o cenário macroeconômico, as mudanças nos hábitos de compra do consumidor e, prontamente, buscar junto aos fornecedores opções de marcas, tamanhos de embalagens e, principalmente, fazer muita ação promocional no segundo semestre, para atender um consumidor com renda mais restrita”, explica o vice-presidente Institucional da ABRAS, Marcio Milan.
Em um ano marcado pela alta nos custos, decorrentes do aumento do custo de produção, da energia elétrica, dos combustíveis e dos fretes, a cesta Abrasmercado encerrou o ano com alta acumulada de 10,32%.
A cesta nacional que considera 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK em parceria com a ABRAS, passou de R$ 635,02 em dezembro de 2020 para R$ 700,53 em dezembro de 2021.
Os itens da cesta com as maiores altas, na comparação com dezembro de 2020, foram café torrado e moído (66,62%), açúcar (39,90%), margarina cremosa (31,33%) extrato de tomate (28,37%) e frango congelado (27,92%).
As maiores quedas no acumulado do ano foram batata (-28,73%), arroz (-17,72%), pernil (-9,12%) e feijão (-2,47%).
Na análise regional do desempenho das cestas, a região Nordeste apresentou a maior variação no acumulado do ano, registrando alta de 14,51%. Na sequência, veio a região Sul que registrou a segunda maior variação no preço da cesta, finalizando o ano com alta acumulada de 11,78%. Nas demais regiões, as variações acumuladas no ano foram respectivamente: Sudeste (9,13%), Norte (9,02%), Centro-Oeste (7,44%).