Criptomoedas são proibidas em mais de 50 países; veja mapa

O relatório mais recente publicado pelo Global Legal Research Directorate (GLRD) mostrou que em 51 países, as criptomoedas enfrentam algum tipo de proibição

Criptomoedas são proibidas em mais de 50 países
Foto: Lorena Amaro
Criptomoedas são proibidas em mais de 50 países

O relatório mais recente publicado pelo Global Legal Research Directorate (GLRD), da Biblioteca Jurídica do Congresso, mostrou que em 51 países, as criptomoedas enfrentam algum tipo de proibição.

A publicação atualiza um relatório mais abrangente de 2018 sobre a regulamentação de criptomoedas em todo o mundo. Além disso, a versão adiciona os Estados Unidos às jurisdições pesquisadas.

Status legal das criptomoedas

O relatório se concentra em dois tópicos. O primeiro é o status legal das criptomoedas. Ou seja, se elas são banidas explícita ou implicitamente em uma determinada jurisdição.

Proibir instituições financeiras de negociar criptomoedas ou oferecer serviços relacionados a cripto, ou banir exchanges são exemplos de proibições implícitas.

Em segundo lugar, a tabela mostra o quadro legal em torno das criptomoedas. Em particular, destaca as leis fiscais, anti-lavagem de dinheiro e anti-financiamento ao terrorismo, relativas às criptomoedas.

O relatório destaca que, desde a publicação de 2018, o número de países que emitiram proibições de criptoativos aumentou significativamente.

Em 2018, eram 8 jurisdições com proibição absoluta e 15 jurisdições com proibição implícita. Agora, a atualização de novembro de 2021 identifica 9 jurisdições com proibição absoluta e 42 com proibição implícita.

Da mesma forma, a aplicação das leis aumentou exponencialmente. Na atualização de novembro, 103 jurisdições foram identificadas como aplicando leis a criptomoedas. Em 2018, apenas 33 jurisdições regulamentavam as criptomoedas nessas áreas.

Proibição absoluta das criptomoedas

De acordo com o relatório, os 9 países que proibiram de forma absoluta os criptoativos são: Argélia, Bangladesh, China, Egito, Iraque, Marrocos, Nepal, Qatar e Tunísia.

A proibição da China, em particular, impactou não só o preço do Bitcoin, na época, como também a mineração de criptomoedas.

Já a lista dos 42 países com proibições implícitas inclui: Bahrein, Bolívia, Congo, Equador, Indonésia, Cazaquistão, Líbano, Maldivas, Nigéria, Paquistão, Arábia Saudita, Senegal, Turquia, entre outros.

O Brasil, por sua vez, pertence ao grupo dos países onde não há restrições, que também inclui: Estados Unidos, África do Sul, Suécia, Suíça, Reino Unido, Venezuela, Angola etc.

Por fim, são 21 os países que não aplicam leis de combate à lavagem de dinheiro ou ao financiamento do terrorismo na indústria cripto.

O Brasil está nesta lista, ao lado de Bolívia, Cabo Verde, Equador, Indonésia, Nigéria, Jordânia, Paquistão, Cazaquistão e outros.