Crise na Itapemirim pode atingir 117 mil passageiros, estima governo

Número leva em conta um volume diário de 3,9 mil consumidores afetados pela paralisação da empresa aérea

Itapemirim suspendeu suas operações, afetando milhares de passageiros no Brasil
Foto: Guilherme Dotto
Itapemirim suspendeu suas operações, afetando milhares de passageiros no Brasil

O governo estima que 3,9 mil passageiros estão sendo prejudicados diariamente pela paralisação da ITA Transportes Aéreos. Esse número leva em conta o volume de passageiros vinculados a operações da Itapemirim no período de 17 de dezembro até 15 de janeiro, quando termina a operação de fim de ano e férias. No total, o contingente afetado de consumidores chegaria a 117 mil.

Até o momento, as autoridades ainda não dispõem do estoque de passagens vendidas. Segundo um técnico que está monitorando a situação, o número é relevante, embora os impactos na malha aérea brasileira sejam da ordem de 1% porque a ITA não tinha participação significativa no mercado. Nessa alta temporada, as companhias estão transportam em média pouco mais de 300 mil passageiros.

A assessoria de imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), informou que está em contato com as outras companhias para reacomodar passageiros que estão em situação de deslocamento. Mas a solução é demorada, porque as empresas estão com voos lotados.

Para viagens futuras, a Anac informa que a opção é buscar o reembolso pela própria ITA. Segundo fontes da Anac, Azul e Gol estão colaborando e acomodando alguns passageiros da ITA. Já a Latam precisou resolver problemas internos, mas também se ofereceu para ajudar.

No caso da ITA, a reacomodação fica ainda mais difícil porque a empresa não fez acordo para participar de uma espécie de câmara de compensação para acerto de contas entre as empresas.

A Anac não tem o quantitativo de passageiros acomodados. O órgão criou com sala de crise e abriu processo administrativo para investigar a conduta da empresa, que já tinha enfrentando problemas de caixa.

A empresa teve a concessão aprovada pela Anac em 20 de maio deste ano. A autorização foi cassada na sexta-feira e a companhia, proibida de comercializar bilhetes.