Paulo Guedes crê que investimento privado auxiliará no crescimento econômico
IBGE mostrou queda de 0,1% no PIB no primeiro trimestre; país entrou no que é chamado de recessão técnica
O ministro da Economia, Paulo Guedes, aposta nos investimentos privados já contratados como motor para a recuperação da atividade econômica no próximo ano. Além de investimentos já contratados por meio de concessões do governo federal, há aportes de empresas privadas em projetos próprios.
Nesta quinta-feira, o IBGE apontou uma queda de 0,1% no PIB no terceiro trimestre. Como já houve queda no PIB no segundo trimestre, o país entrou no que é chamado de recessão técnica.
Auxiliares do ministro preparam o que tem sido chamado internamente de “monitor de investimento”, que vai concentrar as informações relativas a esses aportes já contratados.
Desde 2019, o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), braço de concessões e privatizações do governo, já realizou leilões que contrataram R$ 608 bilhões em investimentos nos próximos 20 anos. Também foram levantados R$ 132,5 bilhões em outorgas, valores distribuídos ao longo dos contratos.
Em 2022, os leilões podem gerar R$ 311,3 bilhões em investimentos. São esses números que estão sendo usados pelo ministro para justificar porque acredita que a economia brasileira irá crescer em 2022.
Economistas do mercado financeiro projetam um crescimento de 0,5% em 2022, enquanto o governo projeta 2,1%.
Embora confiante com a retomada da economia, o governo sabe que a alta da inflação e a necessidade de subir os juros para contê-la irá prejudicar a atividade econômica, mas não o suficiente para estagnar a economia.
Na viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Emirados Árabes no mês passado, fundos árabes prometeram investir US$ 10 bilhões no país, em projetos privados e concessões federais, de acordo com o governo.