TCU deve segurar privatização da Eletrobras para 2022
Ministro relator entrará de férias e só volta em 26 de janeiro
O Tribunal de Contas da União (TCU) deve atrasar ainda mais a agenda de privatizações do ministro da Economia, Paulo Guedes. Enquanto a venda dos Correios não avança no Congresso, a da Eletrobras , já aprovada, será afetada pelas férias do tribunal, como informa o colunista Lauro Jardim.
O Ministério Público de Contas liberou neste mês o parecer sobre a privatização aprovada em julho no Congresso e agora o processo está na mesa do ministro do TCU Aroldo Cedraz, que o relatará.
Cedraz, no entanto, não deve liberar o processo para o plenário até 8 de dezembro, data em que o tribunal encerra os trabalhos deste ano. Depois, entra de férias e só volta a funcionar em 26 de janeiro.
O atraso é visto como retaliação do TCU ao governo por ter sido "atropelado" nas negociações do 5G.
O ministro Paulo Guedes esperava arrecadar R$ 60 bilhões com a venda de ações ordinárias da concessionária de geração e a transmissão de energia elétrica. Se o atraso se confirmar, o governo ficará sem R$ 25 bilhões que iriam para o Tesouro Nacional.