Auxílio emergencial de volta? Integrantes do governo defendem retomada
Com o fim do benefício, 25 milhões de pessoas ficaram desamparadas
O auxílio emergencial fez seu último pagamento no mês de outubro para abrir espaço para o Auxílio Brasil, que substitui o Bolsa Família. Com isso, estima-se que 25 milhões de pessoas fiquem sem o benefício, isso porque o programa emergencial atendia 38 milhões, e o novo benefício apenas 14,6 milhões.
Pensando nisso, integrantes da ala política do governo propõe ao presidente Jair Bolsonaro que prorrogue os pagamentos até o Senado aprovar a PEC dos Precatórios, que permitiria a ampliação do Auxílio Brasil.
“Já estamos observando uma certa decepção destas pessoas ao enfrentar enormes filas para renovar seu cadastro. A frustração vai aumentar quando essas 20 milhões de pessoas descobrirem que não vão mais ter direito ao benefício do governo federal”, disse ao blog do Valdo Cruz, do g1, um assessor presidencial que defende a volta do Auxílio Emergencial.
A avaliação dos aliados do presidente é que o fim do benefício emergencial antecipa o mal-estar econômico que os R$ 275, em média, vinham retardando.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, será o relator da PEC dos Precatórios da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa. A proposta foi aprovada na noite de ontem em 2º turno na Câmara dos Deputados. Se avançar como prevê Bezerra, a PEC deve viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400 ainda em dezembro.
O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, ajudou na escolha do relator e pretende pautar o texto no dia 24 de novembro. O nome foi escolhido em conjunto com o presidente do Senado Rodrigo Pacheco.
A PEC, no entanto, também altera o formato como o teto de gastos é calculado. o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sinalizou que pode aceitar a mudança , mas o tema é sensível e, em caso de alteração, a proposta volta à Câmara dos Deputados e atrasa ainda mais o novo programa social.