Inflação maior, salário mínimo também
No Orçamento, o governo previa inflação de 8,4%, o que elevaria o mínimo dos atuais R$ 1.100 a R$ 1.169, mas a nova previsão para o INPC, de 9,1%, passa valor a R$ 1.200.
Previsão de inflação deste ano foi novamente aumentada pelo governo, chegando a 9,1%.
No Orçamento, o governo previa inflação de 8,4%, o que elevaria o mínimo dos atuais R$ 1.100 a R$ 1.169, mas a nova previsão para o INPC, de 9,1%, passa valor a R$ 1.200.
O salário mínimo é corrigido todos os anos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Com os preços mais altos, o salário mínimo e demais benefícios e direitos que dependem dele também aumentam.
O piso nacional serve como referência para segurados da Previdência, como os aposentados e beneficiários do BPC; quem recebe o PIS/Pasep; e quem trabalha com carteira assinada ou recebe seguro-desemprego.
Com a inflação maior, quem recebe o teto também será beneficiado: a previsão anterior, com inflação a 8,4%, era de R$ 6.973,99, mas com o INPC em 9,1%, o teto chegaria a R$ 7.019,02. Em 2021, o valor é de R$ 6.433,57.
De 2011 a 2019, o salário mínimo tinha, além do reajuste pela inflação, um aumento baseado no Produto Interno Bruto (PIB). No governo Bolsonaro, no entanto, isso acabou. Agora o aumento é apenas feito com base no INPC, sem aumento do poder de compra, na prática.
Com a inflação em disparada, o salário mínimo já está defasado e perdeu valor em 2021. Os R$ 1.100 atuais, na verdade, valem cerca de R$ 1.039, valor abaixo até do piso nacional de 2020 (R$ 1.045).