Auxílio Brasil se concentra onde Bolsonaro tem menor popularidade
Quase metade do orçamento de R$ 75,8 bilhões do Auxílio Brasil vai para o Nordeste, crucial para o plano de reeleição do presidente em 2022
A criação do Auxílio Brasil com benefício mensal de R$ 400, mais que o dobro do que a média no atual Bolsa Família, abalou o mercado financeiro com o drible no teto de gastos e provocou nova debandada na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. Mas, politicamente, pode ter valido a pena para o presidente Jair Bolsonaro.
Além do valor turbinado até dezembro de 2022, o programa substituto do Bolsa Família também promete ampliar de 14,6 milhões para 17 milhões o contingente de lares vulneráveis atendidos.
E o maior impacto será sentido no Nordeste, onde Bolsonaro tem o menor índice de aprovação a caminho da reeleição. A região receberá praticamente metade do valor do Auxílio Brasil: ao menos R$ 36,6 bilhões em 2022, ano eleitoral.
O impacto político do programa na região é crucial para os planos de reeleição de Bolsonaro, que estabeleceu a garantia de um pagamento mínimo de R$ 400 sometne até o fim do ano eleitoral.
Entenda por que o impacto econômico pode não ser tão forte quanto o imaginado no Planalto.