De cloroquina a offshore: veja a reação política ao furo no teto de gastos

Ex-ministros e parlamentares criticaram a mudança no cálculo da regra fiscal. Confira →

Um dos criadores do teto de gastos, o ex-ministro Henrique Meirelles disse que a demissão dos secretários da pasta da Economia deveria servir de alerta

" A saída dos secretários do Ministério da Economia é um símbolo muito forte do quanto a conduta da administração federal tem prejudicado a credibilidade da política econômica. Em última análise, o que eles dizem com esse gesto é que um dia houve o compromisso de cumprir o regime de responsabilidade fiscal. Como isso não está sendo feito, não há mais o que fazer lá", comentou.

Gabriella Collodetti/Ministério da Fazenda - 14.12.17

Eduardo Leite diz que furar teto de gastos é cloroquina para pandemia econômica

"A inflação não é uma gripezinha. Furar o teto é tão eficaz quanto a cloroquina. Os pobres sofrerão mais. Dólar subindo, inflação em alta, pressão na curva de juros e perspectivas até de recessão para 2022. Estão lançando o Brasil na pandemia econômica", publicou em suas redes sociais.

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Deputado Kim Kataguiri lembrou que a reação do mercado de câmbio pode ter beneficiado o ministro da Economia

"Enquanto no Brasil o Paulo Guedes brinca de populismo com a nossa economia, na sua offshore ele ganhou mais dinheiro com mais uma alta do dólar", disse.

Alessandra Nogueira

Adversário de Bolsonaro, o governador João Doria disse que configura crime de responsabilidade

"Furar teto é crime de responsabilidade. Crime de responsabilidade que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Como pode alguém defender a ruptura de teto? Economize o dinheiro. Faça as reformas para ter dinheiro para o auxilio emergencial. Para fazer aquilo que não foi feito em dois anos e meio de governo: proteção aos mais pobres, geração de empregos aos mais vulneráveis", afirma Doria.

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O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, resumiu: "Populismo"

"Como está sendo feito, o Auxílio Brasil é mais uma demonstração de populismo eleitoreiro. Não de inteligência no combate à pobreza. A transferência de renda será necessária ainda por muito tempo. Mas feita da maneira errada vai trazer mais inflação e penalizar novamente os pobres."

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O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega disse no UOL News que o mercado "não está nervosinho", como afirmou o presidente Jair Bolsonaro

"O mercado financeiro reage, como reage todo mundo. Não tem nada de nervosismo. Os mercados financeiros não toleram incertezas, imprevisibilidade. Quando isso acontece, é melhor sair. Nesse sentido, o mercado é covarde, não enfrenta as loucuras de um governo populista", disse Nóbrega.

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Entenda os riscos do drible ao teto de gastos para adotar o que especialistas chamam de "populismo fiscal"

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Edu Andrade/ Ascom ME